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Chegou o mês das festas juninas e de um dos principais alimentos: o amendoim 3p3659

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Foto: Arquivo/MAPA

Chegou o mês de junho e com ele as vibrantes e gastronômicas festas juninas. Nessas celebrações um produto é indispensável por ser matéria-prima para várias formas de consumo, tanto doce quanto salgada: o amendoim. No Paraná ele é cultivado comercialmente em pelo menos 200 municípios.

Esse é um dos assuntos comentados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 30 de maio a 5 de junho. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também analisa o desempenho paranaense no milho, mandioca, cebola e proteínas animais.

Queijos do Paraná são finalistas de prêmio nacional

Em 2023 o Paraná colheu pouco mais de 7,8 mil toneladas de amendoim em 2,1 mil hectares, resultando em R$ 33,4 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP), segundo levantamento do Deral. O município de Guairaçá, no Noroeste, foi responsável por mais de 3,6 mil toneladas, seguido por Alto Paraná e Paranapoema. Na atual safra o volume deve ficar em torno de 7,9 mil toneladas, representando 0,7% da produção nacional.

A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2024/25é de 1,16 milhão de toneladas. “Se for confirmada será a maior da história”, acentuou o analista do Deral, Edmar Gervasio. O estado de São Paulo é o principal produtor, com quase 80% desse volume. Mato Grosso do Sul fica com outros 15%.

Segundo o analista, a produção de amendoim era majoritariamente destinada à fabricação de óleo refinado para uso culinário até a década de 1970. A partir daí a soja mostrou-se economicamente mais viável para essa finalidade, consolidando-se seu óleo como padrão no mercado.

“Com essa transição, o amendoim ou a ocupar um espaço mais específico no mercado”, destacou Gervasio. “Atualmente ele é valorizado como um item de nicho, focado principalmente na indústria de confeitaria e no consumo direto em suas múltiplas apresentações”.

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

MILHO – As chuvas que caíram no Estado nos últimos dias foram benéficas para o desenvolvimento da safra de milho. O frio e as geadas localizadas não trouxeram impactos desfavoráveis. A colheita atingiu 3% da área estimada em 2,72 milhões de hectares. Pelo menos 40% do que resta a campo está em fase de maturação, praticamente eliminando risco de ser prejudicado pelo frio.

MANDIOCA – A colheita da mandioca está mais acelerada que no ano ado, quando foi prejudicada pela seca. A estimativa é que sejam colhidos 4,2 milhões de toneladas da raiz, volume 16% superior às 3,7 milhões de toneladas de 2024. O aumento decorre tanto do incremento de 9% em área, indo de 138,6 mil hectares para 151,4 mil hectares, quanto em produtividade, ando de 26,6 toneladas por hectare para 28 toneladas.

CEBOLA – O boletim também informa que o Paraná deve plantar 2,6 mil hectares de cebola, com colheita projetada de 109,5 mil toneladas. Se confirmado, os números serão 13,5% inferiores em relação à área de 3,2 mil hectares do ciclo ado, e 15,1% a menos que as 129,1 mil toneladas colhidas.

A região de Guarapuava deve plantar 950 hectares e produzir 52,7 mil toneladas, consolidando-se como a maior produtora. Curitiba e cercanias têm previsão de colher 28,7 mil toneladas em 897 hectares, enquanto o regional de Irati prevê extrair 13,3 mil toneladas em 400 hectares.

SUÍNOS – Em relação a proteínas animais, o documento apresenta dados do Observatório de Complexidade Econômica que aponta o Brasil como terceiro maior exportador de fígado suíno congelado em 2023. O produto é utilizado tanto em preparações culinárias como ingrediente opcional em alguns tipos de mortadela, salsicha, fiambre e patê.

Naquele ano o Brasil exportou 10 mil toneladas de fígado suíno congelado e arrecadou US$ 6,65 milhões. Santa Catarina destacou-se, com 8,6 mil toneladas. O Paraná foi o quinto colocado, com 234 toneladas. As Filipinas foram o principal comprador.

PERU – A produção nacional de carne de peru em 2024 foi de 127 mil toneladas, uma retração de 4,4% em relação às 133 mil toneladas do ano anterior. Historicamente há muita oscilação na produção dessa carne, que chegou a ser de 390,5 mil toneladas em 2017. A região Sul é responsável por praticamente toda a produção.

O País enviou 64 mil toneladas para o exterior no ano ado, gerando US$ 154 milhões em receita cambial. O Paraná, com cerca de 8,7 mil toneladas, foi o terceiro exportador, atrás do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

(Com AEN/PR)

Autor: Fernanda Toigo

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Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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